Prêmio estimula iniciativas STEAM por todo Brasil

Milhares de participantes e centenas de projetos demonstram o interesse e a capacidade dos professores em novas metodologias.

 

Quase 1.400 professores de todo o Brasil se inscreveram para participar do Prêmio Liga STEAM, uma iniciativa da Fundação ArcelorMittal apoiada pela Tríade Educacional. Houve 375 projetos apresentados na segunda fase e, agora, 100 deles estão concorrendo na terceira e última etapa do concurso. Os vencedores, selecionados por uma comissão julgadora, serão conhecidos no final de novembro. 

 

Os 100 projetos selecionados receberam um Kit com material para prototipação e um livro sobre o tema.

 

Todos os inscritos puderam participar de uma formação online de 40 horas sobre projetos STEAM. A abordagem STEAM (sigla em inglês para ciências, tecnologia, engenharia, arte e matemática) promove um aprendizado multidisciplinar, mão na massa e conectado com a realidade local, com muito protagonismo dos estudantes. 

Herik Marques, diretor-superintendente da Fundação ArcelorMittal, diz que a missão da entidade é promover a transformação social. “Queremos gerar oportunidades na cultura, na educação, nos esportes. Dentro da educação, entendemos que preparar cientistas e engenheiros para o amanhã é importante, algo que a abordagem STEAM promove”, afirma. 

A Fundação, que completa em breve 34 anos de existência, sempre teve a educação como um dos seus pilares, mas realiza pela primeira vez este ano o Prêmio Liga STEAM. Em outros anos, teve prêmio de projetos ambientais para escolas de territórios onde a ArcelorMittal atua. Em 2022, colégios de todo território nacional puderam participar; o tema deveria, ainda, envolver qualquer um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela ONU.

Construímos uma grande estratégia a partir de pesquisa com professores. Enxergamos uma oportunidade de ampliação, trazendo o prêmio para o cenário nacional, o que traz mais diversidade e amplitude”, explica Marques sobre os motivos da mudança. 

Outra diferença importante é que, pela primeira vez, as escolas vão receber prêmios se os projetos de seus professores e estudantes forem contemplados. “As equipes buscam conquistar para suas escolas: é uma causa. Cada um vai deixar sua marca para os próximos estudantes, vai ter impacto para todos”, diz o diretor. 

A escola do grande vencedor, em cada um dos segmentos (ensino fundamental e ensino médio) vai receber um laboratório de tecnologia no valor de R$ 340 mil. Os estudantes e professores também vão receber um kit presente e um evento comemorativo. Há prêmios em dinheiro para a compra de equipamento para as escolas dos segundos e terceiros colocados. 

Independentemente dos escolhidos, Marques acredita que a participação ampla já é uma vitória para a educação brasileira. “Tem sido uma satisfação imensa enxergar o quanto essa turma está pensando e criando para um mundo melhor. Podemos fazer a nossa parte, mas somos apenas catalisadores”, afirma.

Para Catarina Lutero, analista de investimento social e business partner da Fundação, uma grata surpresa foi o destaque que as escolas públicas têm obtido  até a etapa atual da premiação. “As públicas são 70% das escolas selecionadas. É uma amostra de que tem muita escola pública fazendo trabalho de qualidade”, afirma. 

Para o próximo ano, a ideia é de que o Prêmio Liga STEAM cresça ainda mais. “Queremos criar uma rede de aliados, com outros institutos e fundações, para que uma ação conjunta fortaleça ainda mais a iniciativa e ajude a desenvolver a educação do nosso país”, diz Catarina.

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